The psychiatric nursing care, although oriented by theoretical concepts, still becomes a challenging process. Nurse-patient interpersonal relationship in mental health requires from the professional the domain of the theory and the availability to deal with the other's suffering, allied to the patient acceptance. The objective of the present research is to describe the mutual action experience in a supervised training period between an undergraduate nursing student and an adolescent in her first crisis of mental disease who was in attendance at the Psychiatric Urgency and Infirmary Units of an University Hospital in Ribeirão Preto, as well to reflect about the learning model. It concerns of a descriptive study with a qualitative approach, a sort of case study. It was used the interpersonal relationship process, including interviews with the patient and her parents in several moments of the treatment, through supportive techniques and explanations about the disease. The fourteen years old adolescent showed as symptoms of her disease, delusions, hallucinations and fear that she could not define. Her mother showed herself as a demanding person and with little affective proximity, while her father, even though absent, seemed to be more affectionate. The experience of attending the patient until her recovery from crisis, going through psychiatric urgency and infirmary attendance phases, showed to be a precious apprenticeship modality to the student and supervisors, while it made possible participating contact with mental health team work.
A assistência em enfermagem psiquiátrica, embora orientada por conceitos teóricos, constitui-se, ainda, como um processo desafiador. O relacionamento interpessoal enfermeiro-paciente em saúde mental requer do profissional o domínio da teoria e a disponibilidade para lidar com o sofrimento do outro, aliados a uma aceitação por parte da pessoa doente. O objetivo do presente trabalho é descrever a experiência de interação em estágio supervisionado de uma aluna de graduação em enfermagem com uma adolescente em sua primeira crise de doença mental atendida nos Serviços de Urgência Psiquiátrica e Enfermaria de Psiquiatria de um hospital universitário em Ribeirão Preto e refletir sobre o modelo de aprendizagem. Trata-se de estudo descritivo com uma abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso. Foi utilizado o processo de relacionamento interpessoal, incluindo entrevistas com a paciente e seus pais em diversos momentos do tratamento, através de técnicas de apoio, suporte e esclarecimentos acerca da situação de doença. A adolescente de 14 anos apresentava como sintomas de sua doença, delírios, alucinações e medo que não conseguia definir. Sua mãe mostrava-se exigente e com pouco contato afetivo, enquanto seu pai, apesar de ausente, aparentava ser mais afetuoso. A experiência de acompanhamento da paciente até a melhora de sua crise, passando pelas etapas do atendimento psiquiátrico de urgência e de internação, mostrou ser uma modalidade de aprendizado valiosa para a aluna e supervisores, na medida em que possibilitou contato participativo com o trabalho em equipe de saúde mental.